Pesadelos matinais

Hoje acordei, incrivelmente bem disposta e cheia de energia. Vim à cozinha comer o meu iogurte, antes que o meu estômago me fizesse perder a paciência de tanto roncar, e voltei para o quarto. 

Planeava eu, na minha inocência, passar a manhã inteirinha na cama, com os meus filmes e os meus livros. Uma verdadeira manhã preguiçosa, de pijama, no quentinho, sem ninguém para me encher a paciência. Com isto em mente - e ainda muito animada - pego na almofada para a pôr na posição certa para me encostar e debaixo da minha almofadinha branquinha e fofinha estava... não, não era dinheiro nem nenhuma coisa boa, era uma centopeia! Nojento. Não há palavras, a sério. Já por não haverem palavras que sirvam para exprimir o que eu estava a sentir naquele momento, desatei aos gritos. Gritos mesmo, de puro horror, e fiquei ali parada a gritar e a olhar para a centopeia e ela ficou ali parada a olhar para mim (imagino eu). Não tive coragem de a matar (só porque não queria um fóssil de centopeia colado à minha almofada, não sou assim tão amiga dos animais), portanto fiz a única coisa que me pareceu minimamente aceitável, dadas as circunstâncias: deixei tudo como estava e vim sentar-me na sala enquanto espero que chegue alguém a casa que me faça o grande favor de tirar os lençóis da cama e de os levar directamente para a máquina de lavar e que inspeccione todos os cantinhos do meu quarto à procura daquele pequeno monstro, que entretanto já deve ter fugido. A seguir, tenciono tomar um banho muito demorado e tranquilizante, que isto de me emocionar antes das 10 da manhã não deve ser bom para a saúde!

E, com isto, desejo um bom dia a todos. Depois deste começo, só vejo maneiras de melhorar.